12 julho 2009

Parece que foi ontem..

O primeiro beijo com o primeiro namorado, e tudo marcado pela escada e pela garagem. O primeiro salário, que foi o salário mais bem gasto da minha vida, com ele comprei o ingresso para o show do McFly. A morte do papai do meu pai, e a prova de que meu herói não é de ferro, pois chorou na minha frente, e me fez naquele momento, me sentir a mãe dele e não a filha. A mudança de cidade, de colégio, de família, e as lágrimas que eu deixei cair todas as noites, enquanto a saudade apertava e a lua brilhava no céu. Lembranças boas. Lembranças ruins. Coisas que um dia aconteceram, e que hoje são simplesmente memórias guardadas na caixinha que fica no meu coração. Lembrar só do que nos agrada é impossível, mas os acontecimentos ruins no futuro se tornam "bons", já que são eles que nos fazem crescer. É, eu cresci. E vou crescer mais ainda conforme o tempo for passando e conforme mais lembranças eu for acumulando.

06 julho 2009

Arebaba!

Não assisto muita televisão. Na verdade, já houve a época em que eu passava 24 horas vendo tv, eu até comia em frente a ela; só que as únicas coisas que eu assistia era desenho animado. O que não muda o fato de os desenhos terem me influenciado. "Bob Esponja" me fazia querer viver no fundo do mar. "Corrida Maluca" me dava vontade de ter um carro super legal e sair dirigindo por aí. "Tom e Jerry", me fazia, é claro, querer ter um gato e um hamster. E o melhor desenho de todos, "Três Espiãs Demais" me fazia acreditar que eu era uma espiã, mas que minha mãe não queria me contar a verdade, pois não queria que eu saisse pelo mundo a fora. OK, algumas pessoas podem estar pensando "- É claro que você era influenciada quando criança, porque afinal, você era uma criança e não sabia de nada da vida!". É? Então, porque várias pessoas, que não são mais crianças, andam falando coisas indianas, tipo Arebaba? Por que na época de O Clone as meninas se fantasiavam de "Jade", enquanto as mais velhas entravam para dança do ventre? Engraçado isso, né.. Todos sabemos o quanto a mídia influencia, e nem ao menos precisa-se ser mente fraca para seguir a mídia, basta apenas, ser humano, que aí querendo ou não, você acaba entrando na moda (generalizando um pouco, é claro).
O fato é que a mídia influencia em tudo, nas roupas, cores, idiomas, brincadeiras e até penteados. Mas, porque então não influenciam em coisas boas? Já reparou como a idéia de que estudar é gostoso, não é passada na mídia? Só a de que estudar é chato. Para termos uma exemplificação disto, é só lembrar de "Malhação": os alunos estudam? Qual a porcentagem do tempo da novela eles estão em sala de aula? Inconscientemente, este exemplo é passado, e também o do cabelo liso ditado pelas atrizes globais e norte-americanas, novamente negando ás origens brasileiras.
Por isso, como a MTV diz (oi, influência!), desligue a televisão e vá ler um livro, já!

05 julho 2009

Nossa força cresce de nossa fraqueza?!

Talvez sim. Talvez não. Algumas pessoas quando estão num buraco muito fundo, acham que nunca vão conseguir subir novamente, e por isso simplesmente... desistem. Já outras, quanto mais fundo estão, mais elas fazem força para subir. Depende tanto. Depende da vida, da força de vontade, dos planos para o futuro. Planos para o futuro! É isso que eu acho que nos movimenta. Imagina alguém que não pensa em fazer nada no futuro, só vive.. e vive.. e vai deixando a vida levar, sem ter nada em mente para fazer. Dúvido que essa pessoa aguente muito tempo. Vai simplesmente ficar cheia de tédio e cansar da rotina. E se ela cansar, vai ter duas opções, ou se matar (e desistir de tudo e de uma vez por todas), ou mudar.
Por isso, muda, desmude, e volte ao que era novamente. E se você cair, levante. Se a noite chegar e o Sol for embora, relaxe, que depois ele aparece. Apenas viva feliz. Apenas ame.

01 julho 2009

Post número 100.

Escrever é condenar-se. Escrever é testemunhar, é mentir, é revelar, é engrupir, é purificar-se, é resistir, é matar, é assumir, é transladar, é omitir, é calar, é sorrir. Escrever é vício, é adiar a morte, é "um ócio trabalhoso", como disse Goethe. Escrever é fugir, é voltar, é abrir uma janela, é fechar-se em casa, é queimar a casa, é reconstruir a casa, é pregar-se na cruz, é ressuscitar, é recriar o mundo. Escrever nos torna mais humanos. Nem por isso mais virtuosos. Escrever é roer os ossos do medo. Repudiar a felicidade como facilidade. É inspirar-se quando não há inspiração. É pintar, musicar, teatralizar, filmar, esculpir, dançar. Dançar com as palavras é a dança mais vã - no entanto dançamos mal rompe a manhã. Conforme a música, conforme a dúvida. Sempre inconformados.