16 maio 2012

Chuva bate na janela.

Eram quase 10 horas da noite, e eu voltando da faculdade. A chuva só apertava cada vez mais e o frio fazia eu me encolher no banco do ônibus. Estava distraída quando percebi que o próximo ponto era o perto da sua casa. O que aconteceria se eu descesse agora e fosse te ver? Eu chegaria toda ensopada e tremendo de frio, já que esqueci o guarda-chuva em casa; tocaria a campainha e ficaria na porta, esperando você vir me salvar. Então você apareceria, e sem entender nada, mas com um sorriso enorme no rosto, ia perguntar o que eu estava fazendo ali a essa hora, se eu não tinha vergonha na cara... E soltaria uma doce gargalhada. Adoro como você consegue rir baixinho, e ainda sim ser tao contagioso. Eu, simplesmente, ia perguntar se você lembrava do dia em que nos conhecemos. 'Estava chovendo, lembro bem..', então, eu ia dizer que precisava de alguém pra me aquecer, e que fizesse a chuva parar. Seu sorriso se tornaria maior e você ao perceber que eu ainda estava pegando chuva colocaria os seus braços, imediatamente, em torno do meu corpo, me puxando para entrar correndo, com medo de resfriar. 'Aquela minha camisa que você tanto gosta acabou de lavar, vai lá dentro colocar.. e vem, pra eu te esquentar no meu colo, menina.' Depois ficaríamos deitados no seu sofá, vendo Friends e morrendo de rir, como estávamos acostumados a fazer. E isso tudo em plena quarta-feira chuvosa. Chuva que você prometeu fazer parar.