11 agosto 2013

Tentando esconder.

O celular tocou. Mensagem dele.

- O que você tá fazendo? Tá em casa?

- Estou. To vendo tv.

- Então desce, to aqui embaixo.

Gabriela riu ao ler aquilo. Ele só podia estar de sacanagem. Não respondeu. Em menos de 1 minuto, outra mensagem.

- Anda, garota! 

- Tá falando sério? 

- Gabriela, te dou 5 minutos para você estar aqui na minha frente!

Ela, então, correu. Passou um batom e um perfume rapidamente e desceu. Chegando na portaria, não é que Eduardo estava ali?

- Mas... O que você...?

- Vim te ver! Era pra você ficar feliz né? - Riu e deu um beijo na bochecha dela, que logo corou.

- Mas porque? E se eu não tivesse em casa?

- A gente pode ir andando? To com fome, quero ir em algum lugar pra comer...

- Ah, ok!

Alguns passos e segundos de silêncio depois.

- Bem, respondendo a sua pergunta: vim porque queria te ver, já que minha noite ia ser conversando contigo pela internet mesmo.. E se você não tivesse em casa, eu pegaria um ônibus e voltava para a minha, oras.

Gabriela riu, sussurrou um ok e continuou caminhando. Mais algumas passadas em silencio, então, Eduardo parou e puxando-a pelo braço, devagar, fez com que ela parasse também. A fitou nos olhos, sem ainda pronunciar nada.

- O que houve? Você não tava com fome?

- Eu to, é só que.. .

Ele riu, nervoso, antes de conseguir completar a frase. Será que ela não percebia?

- É só que... Você quer me beijar e não tá mais aguentando.. Certo?

Ouvir Gabriela falar aquilo, fez com que Eduardo parasse de rir na hora. Ela não era tão boba assim, ele já tinha que imaginar. Olhou fundo em seus olhos, e agora era ele quem, talvez, estivesse corado. Mas, novamente, sorriu.

- Como você consegue ser tão imprevisível assim?

- Eu? Imprevisível? 

A menina sorriu. Foi chegando perto de Eduardo, colocou uma mão em seu rosto, e aproximando sua boca da dele, falou quase sussurrando: 

- Eu não sou imprevisível... Você que é lerdo demais!

E o beijou.