15ª dia.

Voltei. Vai virar um diário esse blog. Nem ligo, antigamente era meio que pra isso que utilizavamos os blogs. Já são quase meio dia. Hoje tomei café com leite, pão e brownie. O brownie fiz ontem, não ficou muito bom. A verdade é que não sou muito boa na cozinha. Meu namorado que o diga. Teve uma vez que tentei fazer macarrão a carbonara, já ouviram falar? É, basicamente, um macarrão com ovo, só que o ovo não vai ao fogo, ele é cozido com a mistura do macarrão quente. Não sei explicar direito. Só sei que estava assitindo Queer Eye e era o prato que o Antoni Porowski estava ensinando naquele episódio e eu resolvi fazer. O resulto foi meu namorado perguntando se ia sobrar para o jantar. Eu respondi que não. E ele disse: graças a Deus. Viu? Dá pra ter uma noção do quão boa eu sou na cozinha.

14ª dia.

Meu décimo quarto dia de quarentena. Acordo, agradeço e me espreguiço. Caminho pra sala e abro a janela, pois como diz Clarice Falcão "uma janela é tão infeliz fechada".

Falando em Clarice, hoje parei pra ouvir. Gosto. Me acalma, e me faz sentir acompanhada, sabendo que não sou a única doida por aqui. A vontade de acender um incenso bateu. Acendi. É um dos incensos dos chakras. Esse é vermelho, percebi que nem tinha aberto ainda. Tô fazendo home office. Mas antes disso o café. Hoje foi café com leite e waffle. Coloquei banana também. Continuo com fome, mas melhor parar. Não que eu esteja me preocupando em engordar estando em casa, é a última coisa com a qual penso. O psicologo mandou eu voltar a escrever. Acho que não levo mais jeito pra isso. De qualquer forma vou tentar. Sabe o que mais gosto na escrita? Colocar ponto em tudo. Tipo assim. Deu pra entender? Dá uma sensação de calma, de estar falando devagar. Coisa que eu não faço, pois mal respiro. O psicologo sempre me lembra de respirar. "Calma, Bruna, antes de continuar, que tal parar e respirar fundo um pouco? Não precisa ter pressa." Eu tenho muita pressa. E o pior é que não sei o porquê.