E o dia 6 de março chegou. Eu poderia dizer que eu acordei super animada, já pegando as malas e querendo correr para o aeroporto... Mas não foi bem assim. Primeiro, que eu iria passar o fim do meu último dia no Brasil com a minha mãe, meu pai, minha madrasta e meu irmão Rafael, porém fiquei presa na faculdade durante horas, por causa da chuva, e acabei chegando em casa quase na hora de dormir. Segundo que, bem, meu pai dormiu no mesmo quarto que eu, logo, eu não consegui dormir, já que ele fez o favor de roncar. Como sempre! Terceiro que quando eu acordei no dia 6 a minha ficha ainda não tinha caído. Sim, era o dia da minha tão sonhada viagem, e a única coisa que eu conseguia pensar era: será que eu vou conseguir passar de boa com o meu notebook pela imigração?
Finalmente chegou a hora de ir para o aeroporto. Aí que começou a correria! Amigos que ficaram de vir se despedir, e que não chegavam, até ai de boa, se levar em conta que o táxi também demorou. Opa, esquece, o táxi chegou! Até que eu tentei colocar as minhas malas no porta-malas e adivinha? Não cabia! É engraçado.. Agora, porque na hora não foi. Surtei! Pronto, é um sinal para eu não viajar! Vou ficar em casa! Mas não, logo meu pai resolveu o táxi, e na sorte, quem tinha que chegar pra me dar tchau, chegou. E ainda ganhei cartinha!
Fomos para o aeroporto. Eu, minha mãe e alguns amigos. Papai não foi, disse que tinha compromisso, mas sei que era desculpa de quem não tinha coragem de dar tchau para a filha caçula, que estava saindo de suas asas. E o meu irmão Rafael não foi, afinal, tinha que trabalhar para pagar a passagem que ele havia me dado de presente.
Já no Galeão, encontrei a minha cunhada e minha sobrinha, com quem eu iria vir para os Estados Unidos. Então, chegamos cedo. Bem cedo. E nesse tempo que eu teria que esperar, foi o tempo das ligações corridas de despedida, de ouvir alguns choros do outro lado da linha, e me sentir bem querida. Fora o carinho especial, de alguém que passou no aeroporto só pra me dar um super abraço. E, então, enrolei no aeroporto, bastante. Tirei foto, comi, ajeitei a mala, fiquei fazendo bagunça com os amigos. O tempo era enorme. Parecia que eu tinha todo o tempo do mundo. E nada da hora passar, até que... Descobrimos (eu e minha cunhada), que já estavamos atrasadas para o embarque. Corremos, quase que, literalmente, para entrar, e não tive chance de me despedir direito. Teve beijo corrido, tchau pela metade, e abraços que não queriam me deixar isso. Abraços que, talvez, eu quisesse ficar. Talvez. Mas não fiquei. Peguei minhas malas, e com o maior sorriso do rosto, de quem ainda não acreditava que aquilo estava mesmo para acontecer, acenei e sai correndo, enquanto vi alguns dos meus amores sumindo de vista ali no aeroporto.
A ficha? A ficha só caiu quando eu já estava no meio das nuvens, com algumas cartinhas em mãos, e algumas lágrimas nos olhos.. Lágrimas que caiam e chegavam em minha boca, mas que não conseguiram nem um pouco, tirar o gosto doce do maior sorriso do mundo. Sorriso de uma menina de 20 anos, que dentro de 9 horas estaria chegando em outro continente. Mas no mesmo sonho. No sonho real.
Realmente viajar para realizar um sonho é, deixar algumas pessoas para trás. Fazia muito tempo que eu não visitava o teu espaço devido ao estar meio desativada no mundo dos blogs.
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