"We are young, we run free
Stay up late, we dont sleep
Got our friends, got the night
We'll be alright"
Essa tal de saudade que bate na porta, as 4 da tarde, e leva a minha paz. Essa tal de saudade, que vem de repente, e que mexe comigo e gruda demais. Essa tal de saudade que me deixa pensando no que já passou e não volta mais, com aquele gostinho na boca, de quem quer de novo. Essa tal de saudade que fica no peito, me tira o sossego, sem as vezes eu saber saudade de que. Essa tal de saudade...
Eu tenho medo de ficar desejando que o tempo passe rápido, para que assim eu não tenha mais que te ver todos os dias, e não tenha que ficar escondendo e guardando isso tudo que eu ando sentindo por você. Medo de ficar desejando que a vida nos separe. Você seguindo seu destino na América do Norte, e eu indo para a minha Europa, que tanto me espera. Talvez desejar o ser amado do outro lado do Globo Terrestre, seja uma atitude insana. Mas não é. Eu só não quero mais viver esse nosso momento, que é só meu, que só eu vivo. Que dói. Porque eu cansei de escrever essa nossa linda história de amor que não existe, mas que cisma de ficar surgindo na minha cabeça, sem veracidade alguma, sem autorização. Doce ilusão, saía de mim! Enquanto o calendário se nega em mudar correndo os meses, eu vou desejando para que apressem os ponteiros dos relógios. E, pensando bem, talvez seja melhor que a amizade não continue, por mais que isso seja egoista da minha parte. Que você simplesmente guarde lembranças boas da nossa amizade, da cumplicidade que nós tivemos no colégio, e nada mais. Espero que você não sinta saudades, pois assim não vai resolver me procurar em um dia qualquer, ou mandar um recado, ou quem sabe pior: me ligar. Não me ligue. Não posso ouvir a sua voz após tanto tempo longe de você, se não, você vai me fazer a pessoa mais feliz do mundo. Mas por pouco tempo. Porque depois eu vou lembrar de tudo que eu nunca te disse. Do meu amor. Do meu medo. Da minha insegurança. Da minha falta de coragem. Afinal, por mais que a gente nunca desse certo, como eu ansiava, eu pelo menos podia ter me arriscado, porque não se pode ter certezas sobre o sentimento, ainda mais quando é o de outra pessoa. E, então, a culpa vai me dominar por nunca ter deixado as palavras, que o meu coração tanto queria que o seu ouvisse, saíssem da minha boca: eu te amo. Antes eu tivesse contado, porque mesmo que em seguida eu ouvisse um “obrigado, mas você é minha amiga”, eu pelo menos teria tentado ser feliz com você.