11 setembro 2009

Deixar de ser criança, chegar a ser mulher.

Foi quando eu mudei de cidade para viver com o meu pai, que eu percebi que nada seria como antes. De criança eu teria que passar a ser uma mulher responsável por mim mesma. O conforto do transporte escolar foi trocado por um ônibus que parecia uma lata de sardinha. E ao voltar do colégio, se eu quisesse comer, eu que tinha que fazer, pois papai trabalhava o dia inteiro fora. De uma hora pra outra descobri que meu quarto só ficaria arrumado e limpo, se eu o fizesse, pois a Fada Madrinha chamada empregada já não existia mais. Os lugares aonde eram dos brinquedos, começaram a ser ocupados por livros. Tintas para pintar, viraram maquiagem; assim como aonde só havia tênis, começou a aparecer sapatos de salto alto. Horas vagas para assistir televisão, se tornaram horas no curso. Mas foi só quando eu comecei a trabalhar, que eu realmente percebi que havia crescido, mas não só por fora, e sim por dentro. E que de menina, me tornei mulher.

07 setembro 2009

Meu Rio de Janeiro continua lindo!

Desde que Fred Astaire e Ginger Rogers surgiram em 1933 no filme Flying Down to Rio, que o Rio de Janeiro fascina todo o mundo. O imaginário popular da cidade está repleto de imagens de jovens sonhadores a dançar pela noite adentro, tendo como pano de fundo umas imponentes montanhas e a escuridão do mar. Esta concepção colocou o Rio no topo da lista da revista Forbes das cidades mais felizes do mundo. Famosa pelo seu Carnaval (em 2010 a festa começa no dia 13 de Fevereiro), a segunda maior metrópole da América do Sul conquistou o primeiro lugar entre 50 cidades pesquisadas. Segundo a pesquisa, "Ao Brasil associa-se a boa disposição, a boa vida e o Carnaval. De fato, o Carnaval é muito importante: é a imagem clássica que as pessoas têm do Rio e é uma imagem de felicidade". (...)

A Busca da Felicidade. É difícil quantificar a felicidade, e a pesquisa, mais do que uma indicação sobre onde é que as populações locais são mais felizes, é um reflexo da ideia que as pessoas têm sobre a felicidade. O historiador francês Fernand Braudel escreveu que "A felicidade, seja nos negócios ou na vida privada, deixa muitos poucos sinais na história". Mas a percepção de felicidade deixa fortes sinais nas contas de cidades que dependem das convenções, turismo e entrada constante de novos talentos. Os resultados refletem a reputação de longa data das cidades mediterrânicas e da América Latina como sendo locais de festa constante. Além disso, a pesquisa da Forbes observa que as cidades desta lista seriam provavelmente as mesmas se este estudo tivesse sido realizado em 1890, à exceção de Sydney e Melbourne, já que a Austrália era uma colônia prisional, mas agora aparece como que um milagre em termos de desenvolvimento de uma marca. (...)

Confira a lista das cidades mais felizes do mundo da Forbes:

1. Rio de Janeiro, Brasil
2. Sydney, Austrália
3. Barcelona, Espanha
4. Amsterdã, Holanda
5. Melbourne, Austrália
6. Madrid, Espanha
7. São Francisco, Estados Unidos
8. Roma, Itália
9. Paris, França
10. Buenos Aires, Argentina

06 setembro 2009

Você era especial. E partiu meu coração.

Levantei-me do sofá e fui pegar uma xícara de chá. Depois me dirigi até a janela e fiquei olhando a rua. Chuvia lá fora, as gotas batiam na janela, e escorriam com rapidez, e enquando isso eu lembrava do que havia acontecido semanas antes. A sensação que tomara conta do meu corpo naquele momento foi como se uma parte de mim tivesse sumido. Logo minha melhor amiga?! Como ela podia ter me dedurado assim, tão fácil?! Ter entregue todos os meus planos, de bandeija para eles?! Eu até a entenderia, se o que eu estivesse prestes a fazer fosse uma loucura e ela quisesse apenas me salvar. Mas não foi o caso, eu não corria perigo, eu apenas queria ser feliz, e ela fez aquilo, sem razão, sem motivo algum. Por mais que ela me fizesse falta, e eu a considerasse como uma irmã, ela havia ferido a minha confiança, o meu coração, e eu não tinha condições de voltar a ser amiga dela. Então, enquanto eu estava perdida em pensamentos, a campainha tocou. Larguei minha xícara na mesa, e fui abrir. E quando eu o fiz, fui pega de surpresa. - Posso entrar? - perguntou-me ela. Por um longe minuto pensei em dizer não, mas depois cedi; não iria me custar nada. Deixa-a entrar, e falei para se sentar, ficamos de frente uma para a outra. Dava para ser o clima pesado quando a conversa iniciou, mas depois por alguns momentos, foi como se nada de mau jamais tivesse acontecido. Fomos atiradas de volta no tempo e no espaço, à época em que éramos a melhor amiga uma da outra, e uma sabia exatamente o que a outra estava pensando. Durante um tempo ficamos ali, nostálgicas, mas chegou a hora dela partir, e então demos um apertado abraço e ela se foi. Mas agora as coisas estavam bem. O que não quer dizer que eu não tenha ficado arrasada. Chorei durante dois dias inteiros. Não queria saber de quem quer que fosse, porque ninguém era ela. Não queria continuar viva, se não podia ter a vida que tivera com ela. Achei que nunca superaria a dor, tanto a da falta como a da traição. Mas superei. Em questão de dias. Me enchi de orgulho por ter passado por uma experiência tão dolorosa. Em seguida, senti um estranho alívio por não estar mais presa a ela. Era bom saber que eu podia sobreviver sem ela, que não precisava da sua aprovação, do seu aval. Senti-me forte, capaz de ficar de pé sozinha, sem talas ou muletas.

04 setembro 2009

Amo cada pedacinho meu.

Meninas gordas não tem autoestima! É? Quem disse? Sou acima do peso, e nunca tive problema em me olhar no espelho e admirar minha beleza. Me acho bonita, sim, e ninguém nunca vai mudar isso. Porque o fato de eu ser gordinha, fofuxa, ou qualquer que seja o apelido, não muda a minha beleza - tanto a interior, como a exterior. Sempre fui a mais extrovertida, a mais simpática, a mais brincalhona, mas não porque eu tinha que chamar atenção de algum jeito, eu apenas sou tão de bem com o meu corpo, com a minha beleza, comigo mesma, que é impossível não deixar transparecer a minha segurança e auto-estima para o mundo. Não vou mentir, dizendo que nunca tive vontade de ter um corpinho de modelo e desfilar pelas passarelas da vida, mas o fato é que eu aprendi que antes de querer agradar a sociedade, eu tenho é que me agradar. No dia em que as gordurinhas que me sobram estiverem me encomodando, eu faço um regime, malho ou algo do tipo. Mas enquanto esse dia não chega, vou passeando por ai, rebolando e mostrando minha beleza.

Teste Vocacional da Vida.

Sempre tive vontade de ser pediatra para cuidar das crianças, porque quando eu era mais nova, era louca por elas! Mas com o tempo as criancinhas lindinhas, passaram a ser monstrinhos para mim, então mudei de idéia, nada de pediatria. Depois, pensei em ser cantora, até ai tudo bem, ganharia uma nota cantando.. Só que eu não sei cantar, então desisti também. Me veio a idéia de ser professora, mas conforme eu acordo todo dia de manhã para ir ao colégio, logo essa idéia sumiu, porque já vivi taaantos anos dentro de uma escola, que não preciso mais tempo lá dentro, não. Aí pensei em ser tudo: aeromoça, chefe de cozinha, atriz, psicóloga, arquiteta, policial, secretária, deputada federal - HAHA, VOU FICAR RICA! -, cabeleleira, enfim, pensei em ser tudo, e continuo pensando no que eu quero ser. Mas e se no final nada der certo, eu simplesmente quando crescer quero ser grande e feliz, mesmo que sem dinheiro!

28 agosto 2009

Meu irmão de alma.

Irmão. É assim que eu vejo o meu melhor amigo. E pra ser ainda mais sincera, ele é mais meu irmão do que o meu próprio irmão; já que entre há gente não existe um laço de sangue, mas, sim, um laço de alma, de sentimentos, de opiniões, de vida. Por isso, que para mim, o meu melhor amigo é intocável – assim como eu espero que eu seja para ele, porque não rola meeeesmo. Não vou mentir dizendo que ele não é gato, porque é sim, e sei bem disso pelo fato de que a maioria das minhas amigas, morrem de amor por ele e sempre me perguntam como eu posso viver com um “Deus grego” do meu lado e não ter vontade de agarrar. Ué, mas quem disse que eu não agarro? Sempre que eu posso estou abraçada com ele, porque me sinto protegida, me sinto feliz, me sinto completa de amor... amor de irmão. Sei que durante a amizade pode rolar aquela confusão de sentimento, quando se está carente, ou alguma coisa do tipo, mas para que existe as baladas, ein?

Ps.: Anjinhos, ontem o blog fez um ano! Que feliz, né? Obrigada a cada um por me dar vontade de continuar sempre aqui, desabafando. Parabéns para o blog, pra mim e para vocês!

26 agosto 2009

Close your eyes and make believe.

Já estava quase na hora, ela sabia disso, ela sentia isso. Não havia pregado os olhos desde a noite anterior, tamanha era a sua ansiedade. 5 anos haviam se passado desde o começo dessa jornada interminável em busca de um doce sonho, e hoje finalmente ela chegaria ao fim - para uma nova vida de sonhos ser iniciada. Ela estava perdida em seus pensamentos enquanto mirava o teto a espera do aviso do despertador. Então, ele tocou. 6 horas da manhã, hora de ir rumo ao seu destino, rumo ao seu mais esperado desejo! Se levantou devagar, encaixou nos pés as suas pantufas de patinho, absorvendo todas as idéias daquele momento, e tentando associar o que estava pra acontecer com a realidade de uma nova vida. Foi ao banheiro, e devagar, foi tirando peça por peça, tomou uma ducha gelada, aproveitando o máximo, já que sabia que para onde ia provavelmente não teria mais essa necessidade de matar o calor. Enquanto as gotas d'água tocavam o seu corpo, ela se perdeu em pensamentos novamente, e ao despertar percebeu que estava atrasada e que tinha que correr. Saindo do banho, porém, se deparou com seu reflexo no espelho, e sorriu. Então, começou a fazer caretas, e ria de si mesma; era incrível, desde pequena ela tinha essa mania. Quando terminou de "brincar", foi correndo para o quarto e ficou admirando a roupa que se encontrava em cima da cama, uma calça jeans meio apertada, e uma blusa do Brasil. Teria orgulho de pisar no aeroporto de Londres com aquela roupa! Então, se arrumou, conferiu todas as malas, e recolheu tudo que faltava, colocando dentro da mochila colorida que havia ganho ainda quando estudava - de certas coisas não conseguimos nos desapegar - e se dirigiu até porta do apartamento. Fitou a sua casa, tudo igualzinho desde que se mudará para lá. Sabia que não voltaria a vê-lo novamente, e isso lhe dava uma certa agonia, porque afinal, havia construido uma história ali dentro, porém sabia que se ficasse pensando muito nisso, choraria, e não queria fazer isso, pois aquele dia era um dia de felicidade total. Colocou, então, as malas no elevador. Voltou para fechar a porta de casa, e com a mão na maçaneta deu uma última olhada em seu lar, aquele lar em que ela viveu tantos momentos bons e também ruins, aquele lugar aonde ela viveu uma vida, aonde fez a sua história. 'Vou sentir saudades. Sei que você também. Mas a gente sobrevive! Espere que a próxima pessoa que more aqui, seja tão feliz como eu fui' E sorrindo, trancou a porta e entrou no elevador; e quando fez isso, sabia que uma nova história estava para começar.