05 abril 2010

Meu passado recente.

Bruna Brasil, chamada carinhosamente de Bululu. Tem 10 anos, atualmente cursa a 4ª série do fundamental. Passa a maior parte do recreio na biblioteca. É uma das mais inteligentes da turma, só tira notas boas, mas não estuda muito – apenas presta atenção nas aulas. Em casa fica em frente a televisão vendo desenho animado 24 horas por dia; almoça, lancha e janta na frente da mesma. Como só vê televisão o dia inteiro, seus deveres de casa acabam sempre sendo feitos 15 minutos antes de ir para a escola. Falando em escola, Bruna não se veste, já acorda vestida, pois sua mãe é uma fofa, e tem pena de a acordar tão cedo. Mora com sua mãe no Rio de Janeiro, e aos finais de semana vai para Niterói ficar com seu pai. Fez seis meses de Jazz, achando que estava fazendo balé, mas quando descobriu não se importou, pois gosta de qualquer tipo de dança e pretende ser uma dançarina mundialmente famosa. Pretende, também, ser uma grande jogadora de vôlei, por isso faz aulinhas de vôlei no Greip. Uma vez criou uma biblioteca para emprestar livrinhos aos seus amigos, querendo os incentivar a ler, porém, como muitos não devolveram os livros, ela entrou em crise – o que leva a crer que no futuro será muito ciumenta com os seus bebês! Bem, agora a pequena Bruninha – como quase ninguém a chama, pois, de pequena ela não tem nada – vai dormir, já que amanhã tem aula, e o transporte vai passar para buscá-la – e ela sempre vai na frente, porque é a mais fofuxinha dos amigos. Mas quem disse que ela se importa? Adora privilégios.

03 abril 2010

Querido, obrigada.

E no meio da Lapa, eu desabei. Desabei e chorei tudo o que eu precisava, que já estava acumulado há 5 anos. Lágrimas de dor, de felicidade, de perda, de ilusão, de amor, de raiva, de alcool, de esperança, de amizade. Doeu, doeu muito, e eu sei que ainda vai doer mais um pouco. Mas, agora, após 5 anos, eu não posso mais dizer que a nossa história não teve um fim, porque ontem você colocou o ponto final. Ponto final que eu precisava ter, para seguir a minha vida, mas que mesmo eu sabendo que ele já tinha sido posto na nossa história, naquele ano de 2006, ainda foi um choque muito grande pra mim. Ouvir tudo o que eu ouvi, da sua boca; todas as verdades, que eu nunca quis ver, e que sempre arranjava uma outra maneira de interpretar, e me iludir. E então, você tentando me abraçar, e eu chorando, te xingando, te empurrando e batendo. Desculpa, mas você me conhece... O beijo de despedida que eu pedi, e você não me deu, com o tempo eu vou perceber que era o certo a ser feito, e vou lhe agradecer, por me proteger (de uma dor maior, talvez). E saber que eu sou muito importante pra você, mesmo não sendo da maneira que eu gostaria, como você mesmo disse, me faz muito bem, mesmo! Tenho muito orgulho de ter sido a sua primeira namorada. E você, meu primeiro beijo, meu primeiro namorado, meu primeiro amor, me liberto de ti!

"B: Hoje eu te liberto de mim!
J: Não, hoje é você que está se libertando de mim, e eu fico muito feliz por isso. Quero te ver feliz pois, eu te amo muito, mesmo que não seja da maneira que você gostaria, eu te amo."

31 março 2010

E agora, José?

Sempre ouvi que devemos correr atrás do que a gente quer e nunca desistir, mesmo que hajam milhões de pedras, ou até muros, no nosso caminho. E sempre ouvi, também, que, mesmo que estejamos apaixonados, nunca devemos sofrer por alguém que não nos dá bola. Mas, então, me peguei pensando: meio contraditório esses 'conselhos', não? Porque afinal, se eu me apaixono por alguém, mas esse alguém (ainda) não gosta de mim, o que eu tenho que fazer é tentar conquistá-lo, certo? Porém, contudo, todavia, entretanto, se essa conquista demorar para surtir efeito, e eu acabar sofrendo um pouco no decorrer dessa história, devo então partir pra outra? Só que, como vou partir pra outra, se a pessoa é o que eu quero naquele momento, e sempre me disseram pra nunca desistir do que eu quero?!

É.. Acho melhor eu voltar a ver televisão, e ficar pensando como a vida podia ser que nem novela..

26 março 2010

If you're a bird, I'm a bird.

"Eu posso ser engraçado se você quiser,
inteligente e esperto,
supersticioso, bravo,
um bom dançarino,
eu posso ser o que você quiser,
só me diga o que você quer
e eu serei aquilo pra você!"

(The Notebook)

24 março 2010

Quanto tempo mais?

Eu fico esperando o dia
em que eu não terei mais que esperar
pois, terá alguém me esperando...

Esperando para me amar.
Esperando para ser, e me fazer, feliz.
Esperando para virarmos um só.

16 março 2010

Va Fa a Napoli.

Eu gosto de ser assim: quieta, não agir por impulso, amar e não dizer nunca. Eu nunca gostei de falar... Sou mais de sentir, e sempre achei que sinto muito mais do que os outros, pelo simples fato de guardar tudo e transformar os meus problemas em aprendizagem. Mas, às vezes, as pessoas acham que eu não sinto... SÓ QUE EU SINTO, SIM! E sinto muito. Qualquer gesto, qualquer palavra, me machuca.
Eu não entendo, às vezes, o que é ser adulto. Mas também, como poderia entender... Sou ainda uma criança, que não entende as maldades, não sabe ver as malícias, e acha que todo mundo é inofensivo. Só que é pra isso que servem as rasteiras da vida, porque elas te derrubam, e então, você caí, e levanta rapidamente, para cair de novo. ESSA É A VIDA! Todos nós caímos um dia, mas alguns têm a oportunidade de levantar, só que se negam a fazer. E outros que querem levantar, às vezes não conseguem, mesmo se esforçando muito. E outros, simplesmente não estão nem aí para nada.. Se aquele momento é o alto da montanha russa, ou uma queda livre. Mas eu vou levantar todas as vezes, mesmo que a queda seja a maior de todas, eu sempre hei de levantar! Afinal... Um dia todos nós cairemos, seja dentro de um sonho, ou de um pesadelo, só depende de você.

12 março 2010

Sinalizações mal cumpridas e esperanças falhadas.

Eu poderia ter conhecido o amor da minha vida dentro de um ônibus, mas no ponto em que eu subi, ele saltou. Talvez na fila de um banco, mas quando eu cheguei, ele estava indo embora porque havia cansado de esperar para ser atendido. Quem sabe em uma sala de cinema, mas em cima da hora eu resolvi assistir outro filme, e seguimos caminhos diferentes outra vez. Poderia ter sido no show de uma banda que nós dois gostamos, mas eu comprei o ingresso atrasado e só tinha pista, enquanto ele foi de camarote. Ou naquele encontro arranjado pelos amigos que temos em comum, porém nesse dia caiu um temporal, e eu me recusei a sair de casa.


Então, o destino desistiu, e deixou o vento levar. Até que um dia, em um hospital, o olhar do amor da minha vida se cruzou com o meu, só que eu era a doente, e ele o meu médico, e ai já era tarde demais...
Meu coração parou de bater.